Amargura, raiva, vingança...?

Essa história de piloto bater por ordem do chefe parecia conto da carochinha, parecia. Isto porque agora já há diversos sites apontando que Nelsinho Piquet teria feito isso buscando uma renovação contratual para 2009.

De fato o contrato de Piquet para 2009 na Renault surpreendeu muita gente que já tinha dado sua saída da categoria como algo inevitável. Seu desempenho não foi bom ao longo do ano de 2008, tendo tido um segundo lugar apenas, numa corrida atípica e por uma confluência de fatores alheios ao seu controle como resultado mais expressivo. Pra mim, os erros de Nelsinho no ano de 2008 foram erros grosseiros, e até primários. Conversando com amigos, sempre rolava uma história de que o piloto havia inventado essa história de que bateu de propósito para poder livrar a carapuça de piloto ruim. Eu dizia que a denúncia teria partido dele, porque ele havia sido demitido, e saído brigado da Renault. Alguns riram da minha cara. Pra quê ele faria isso? A verdade é que a pergunta a ser feita seria: Quem mais faria isso senão o próprio Nelsinho? Teria que ter sido ele, nenhum outro funcionário da Renault, mesmo sabendo do esquema denunciaria, primeiro por medo de uma possível represália da equipe, uma demissão, por exemplo, segundo porque haveria a possibilidade da expulsão do time da F-1.

Agora, alguns sites estampam a notícia de que Nelsinho Piquet foi realmente o autor da denúncia, e que com isso, atentem, não sofrerá punição nenhuma. Isso é uma incoerência. O fato de ele ter denunciado uma conduta antiesportiva não exime sua culpa e sua responsabilidade na ação. Ele deveria ter uma pena abrandada mas não sair livre de punição. Esse é meu ponto de vista. Assim como um deputado que devolve dinheiro depois de ter recebido uma verba indevida sai impune, querem deixar impune o piloto. Pra mim está errado. Ambos os casos. A confissão de crime não o justifica e nem o suaviza. Mas o futuro de Nelsinho Piquet não passará apenas pelo julgamento da FIA, e sim daqueles que acompanham a F-1, seus funcionários, seus membros, seus fãs. E aqui também deixo uma questão: se Piquet tivesse sido mantido piloto da Renault, essa história viria à tona? Pausa para um café.